segunda-feira, 20/09/2021
Instituto de Educação da Universidade do Minho
Realizam-se no dia 20 de setembro de 2021 (segunda-feira), pelas 14h30, as Provas de Doutoramento em Ciências da Educação, especialidade de Sociologia da Educação e Política Educativa, requeridas pelo Mestre Marcelo Henrique Carneiro Camilo.Título da tese: "O PROGRAMA "CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS (2011-2017)”.
ID da reunião: 832 5624 4598
Composição do Júri:
Presidente: Doutor Licínio
Carlos Viana da Silva Lima, Professor Catedrático do Departamento de Ciências
Sociais da Educação do Instituto de Educação da Universidade do Minho;
Vogais: Doutora
Mariana Teresa Gaio Alves, Professora Associada com Agregação do Instituto de
Educação da Universidade de Lisboa;
Doutor Almerindo Janela Gonçalves Afonso,
Professor Associado do Departamento de Ciências Sociais da Educação do
Instituto de Educação da Universidade do Minho (Orientador);
Doutor José Augusto Branco Palhares,
Professor Auxiliar do Departamento de Ciências Sociais da Educação do Instituto
de Educação da Universidade do Minho;
Doutora Maria Fernanda dos Santos Martins,
Professora Auxiliar do Departamento de Ciências Sociais da Educação do
Instituto de Educação da Universidade do Minho;
Doutor Márcio Adriano de Azevedo, Professor
- nível D4-II, docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional do
Instituto Federal do Rio Grande do Norte –IFRN.
Resumo da tese: O movimento transfronteiriço da educação superior tem ocorrido num patamar de disputas e conquistas, em que interesses econômicos sobrepõem-se aos sociais, num processo de globalização da educação. No Brasil, entre 2011 e 2017, o Programa Ciência sem Fronteiras [CsF] foi implementado como política de internacionalização do ensino superior e pesquisa. Um total de 73.353 estudantes fizeram mobilidade para os cinco continentes.
O objetivo do programa foi promover “oportunidades de experiências educacionais e profissionais voltadas para a qualidade, o empreendedorismo, a competitividade e a inovação em áreas prioritárias e estratégicas para o Brasil”.
Dito isso, esta tese analisa a formulação, o desenvolvimento e as aplicações do CsF e suas repercussões sociais e educacionais, por um lado, por meio dos indicadores oficiais das agências de fomento do programa, e por outro, da perspectiva dos discentes partícipes do CsF.
Para tal, propus um modelo teórico, a socioglobalização, do qual emergiu uma proposta de avaliação alternativa, a socioavaliação, composta por critérios de análise forjados na interrelação entre fatores geográficos, culturais, linguísticos, educacionais, políticos, econômicos, e tecnológicos.
A socioavaliação pode servir como diretriz para a elaboração e avaliação de políticas educacionais, dada sua fundamentação na dialógica entre globalização, internacionalização e socioglobalização. Como procedimentos técnicos, foi realizada a coleta e o tratamento dos dados secundários e primários. Os primeiros, a partir dos documentos oficiais do programa. Os últimos, por meio da metodologia de grupo focal.
Procederam-se análises documentais e de conteúdo da fala discente, esta última por meio da Grounded Theory, e seu produto foi interpretado pelos critérios da socioavaliação.
Quanto às conclusões, verificou-se que o modelo proposto é relevante e que corrobora a mensuração dos indicadores do CsF, que a participação do beneficiário é chave para as formulações e avaliações de políticas educativas, que a perspectiva da socioglobalização é de inclusão, resiliência, interculturalidade e emancipação, e que os múltiplos processos sociais e/ou políticos analisados nesta tese apontam deficiências no perfil educacional brasileiro.
Palavras-chave. Avaliação de políticas públicas educacionais; Educação superior brasileira; Programa “Ciência sem Fronteiras”; Socioavaliação; Socioglobalização.
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