terça-feira, 22/06/2021
Instituto de Educação da Universidade do Minho
Realizam-se no dia 22 de junho de 2021 (terça-feira), pelas 14h30, as Provas de Doutoramento em Ciências da Educação, especialidade de Psicologia da Educação, requeridas pelo Mestre Alberto Fernando Moreira da Rocha.Título da tese: "Diferenciação cognitiva entre alunos regulares e alunos com altas capacidades: Estudo com alunos do 5.º ao 9.º ano de escolaridade”.
Composição do Júri:
Presidente: Doutor Licínio Carlos Viana Silva Lima, Professor Catedrático do Departamento de Ciências Socias da Educação do Instituto de Educação da Universidade do Minho (em representação do Senhor Reitor da Universidade do Minho);
Vogais: Doutor Leandro da Silva Almeida, Professor Catedrático do Departamento de Psicologia da Educação e Educação Especial do Instituto de Educação da Universidade do Minho (Orientador);
Doutora Maria de Fátima Morais da Silva, Professora Auxiliar do Departamento de Psicologia da Educação e Educação Especial do Instituto de Educação da Universidade do Minho;
Doutora Ema Patrícia de Lima Oliveira, Professora Auxiliar do Departamento de Psicologia da Educação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade da Beira Interior;
Doutora Denise de Souza Fleith, Professora Titular do Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília;
Doutora Carmen María Pomar Tojo, Professora Contratada do Departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação na Faculdade de Psicologia da Universidade de Santiago de Compostela, Espanha.
Resumo da tese: O
papel das funções cognitivas no desenvolvimento de competências académicas e
rendimento tem sido um dos principais focos de investigação na psicologia escolar.
Além de compreender estas componentes cognitivas de forma geral, importa ainda
perceber a sua manifestação no desenvolvimento da sobredotação e na realização
das diversas disciplinas curriculares.
Na presente tese de doutoramento
analisamos o desempenho nas funções cognitivas e na aprendizagem da matemática
em alunos com altas capacidades ou caraterísticas de sobredotação, face a
colegas com capacidades regulares.
Três artigos foram reunidos nesta tese:
“Inteligência: necessária e suficiente para explicar a sobredotação?”,
“Comparison of gifted and non-gifted students’ executive functions and high
capabilities”, e “Resolución de problemas matemáticos en alumnado con y sin
superdotación intelectual”. Nosso estudo teve a participação de 94 alunos, com
idades compreendidas entre os 10 e os 15 anos, repartidos por um grupo de
alunos sobredotados (n=42), maioritariamente do sexo masculino (81%), e de
alunos regulares, sendo a maioria é do sexo feminino (59.6%).
As funções executivas
foram avaliadas através de testes psicológicos, nomeadamente as provas de
Raciocínio Numérico e Raciocínio Verbal da Bateria de Provas de Raciocínio
(BPR) e a prova Expressões da Bateria de Aptidões Cognitivas (BAC), o Teste de
Atenção D2, o Teste dos Cinco Dígitos, a Figura Complexa de Rey, e a prova
Memória de dígitos da WISC-III.
Paralelamente foram aplicadas provas de avaliação
da habilidade matemática, assentes na resolução de problemas.
Os resultados
indicam a existência de diferenças nos resultados nas provas cognitivas comparando
os alunos sobredotados e os alunos regulares, a favor dos alunos sobredotados.
Da mesma forma foram encontradas diferenças a favor dos alunos sobredotados em
determinados fatores do raciocínio matemático. Estes resultados sugerem a
necessidade de se incluir na identificação de alunos sobredotados funções
cognitivas para além dos testes de QI, podendo daí decorrer informação
relevante para a diferenciação das práticas de ensino junto destes alunos a
favor da sua aprendizagem e sucesso escolar.
Palavras-chave: Funções Executivas,
Habilidade Matemática, Inteligência, Sobredotação.
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