quinta-feira, 22/05/2025
Instituto de Educação da Universidade do MInho
Realizam-se no dia 22 de maio de 2025 às 14h30, na sala 0.13 do IE, as provas de
Mestrado em Estudos da Crianças,
requeridas por Sara Daniela Carvalho Rodrigues.
Título “Ansiedade em Crianças em Idade Pré-Escolar no Pós-Pandemia: O
Olhar dos Profissionais da Educação de Infância”
Presidente: Doutora Natália Fernandes, Professora
Associada com Agregação do Instituto de Educação da Universidade do Minho.
Vogais: Doutora Susana Margarida Gonçalves
Caires Fernandes, Professora Auxiliar do Instituto de Educação da Universidade
do Minho (orientadora);
Doutora Joana Ribeiro
Casanova Pinto, Investigadora do Centro de Investigação em Estudos da Criança
(CIED), do Instituto de Educação da
Universidade do Minho.
Resumo da
Dissertação Mestrado:
Este
trabalho pretendeu averiguar as perceções dos profissionais da Educação de
Infância relativamente ao potencial impacto da Pandemia Covid-19 no bem-estar
emocional das crianças em idade pré-escolar, designadamente se esta contribuiu
para o emergir ou agravar de quadros de ansiedade entre este grupo etário.
Considerando estes profissionais como informantes-chave destes processos,
procurou-se auscultar o seu olhar sobre eventuais diferenças percecionadas nos
níveis de ansiedade e bem-estar geral das crianças com idades compreendidas
entre os 3 e os 6 anos antes da Pandemia e o mesmo grupo etário no
pós-pandemia. O estudo realizou-se a partir de grupos focais junto de nove
educadoras de infância e cinco assistentes operacionais a trabalhar em
Infantários – da esfera pública -, inseridos em meio urbano, rural e semi rural
do norte de Portugal. Os resultados do estudo revelaram que as crianças desta
faixa etária manifestam ansiedade no seu dia a dia em contexto pré-escolar, a
qual é atribuída a vários fatores que não apenas circunscritos ao período da
Pandemia. Segundo estas profissionais, é especialmente na ansiedade dos pais,
no seu acelerado ritmo de vida, na sua parca disponibilidade (física e
emocional) para a criança, e/ou na pouca paciência para lidar com as suas
demandas (de afeto, de atenção, de tempo para brincar) que reside a origem de
grande parte das manifestações cognitivas, emocionais e comportamentais
observadas entre estas crianças e que denotam a presença de ansiedade nas suas
vidas. Ou seja; parece que algum do mal-estar e os atrasos desenvolvimentais
observados por este grupo de profissionais entre as crianças com que lidam
diariamente no seu contexto laboral (nascidas um pouco antes, durante ou pouco
depois da Pandemia) são um efeito “colateral” do próprio mal-estar e
“indisponibilidade” dos pais, dando lugar a processos proximais mais pobres (em
termos de estimulação, afeto, atenção), mais tensos e/ou menos atentos aos seus
“ritmos” e características desenvolvimentais. Nas considerações finais do
presente trabalho deixam-se ficar algumas sugestões de intervenção bem como de
investigação no sentido de uma compreensão mais ampla e profunda dos fenómenos
em estudo.
Palavras-chave: ansiedade, criança,
Pandemia, perceções dos profissionais Educação de Infância
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