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 José Carlos Bernardino Carvalho Morgado

 
José Carlos Morgado
outubro de 2019 | Ricardo Ribeiro

PM_2.jpgJosé Carlos Morgado, Licenciado em Biologia, Ramo Educacional, pela Universidade do Porto e Doutorado em Educação, especialidade de Desenvolvimento Curricular, pela Universidade do Minho.

Atualmente, é Professor Associado e Diretor do Departam​ento de Estudos Curriculares e Tecnologia Educativa do Instituto de Educação da Universidade do Minho, Investigador integrado no Centro de Investigação em Educação (CIEd) e Coordenador do Curso de Mestrado em Ciências da Educação, área de especialização em Desenvolvimento Curricular e Avaliação. É membro do Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua e coordena o conselho fiscal da European Association on Curriculum Stud​ies.

Quais os projetos em que te encontras envolvido?  
Para além dos Projetos de Ensino em que participo, no âmbito da Licenciatura, do Mestrado e do Doutoramento, faço parte da equipa que tem trabalhado no projeto de Reforma Curricular do Ensino Básico na Guiné-Bissau (RECEB), financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela UNICEF, e integro as equipas de investigação de dois projetos financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e que estão inscritos no CIEd.
Um dos projetos d​e investigação – Mecanismos de Mudança nas Escolas e na Inspeção. Um estudo sobre o 3º ciclo de Avaliação Externa de Escolas do ensino não superior, em Portugal (MAEE) – surgiu no âmbito do 3º ciclo de Avaliação ​Externa das Escolas (AEE) e procura explorar as mudanças que decorrem da sua implementação, tanto ao nível das escolas do ensino não superior, neste caso das práticas nas dimensões curricular, pedagógica e organizacional, como da própria Inspeção Geral de Educação e Ciência (IGEC), no quadro das atuais políticas nacionais e transnacionais.
O outro projeto – Migrações digitais e inovação curricular: ressignificar a experiência e (re)encantar a profissão docente depois dos 50 (REKINDLE+50) – pretende olhar para a profissão docente e contribuir para melhorar as condições em que é possível responder ao envelhecimento da classe, promovendo a inovação curricular e o reencantamento profissional. 
 

O que mais te fascina nesses projetos?
As relações humanas que os mesmos propiciam, bem como a possibilidade de compreender e melhorar uma dada realidade. Como é do domínio comum, a investigação ajuda a (in)firmar as nossas perceções e a aprofundar o nosso pensamento.
Por exemplo, no caso dos professores, ou melhor da formação de professores, que é uma das minhas áreas de trabalho privilegiadas, esses contributos podem ser uma mais valia, sobretudo se nos ajudarem a olhar para a profissão numa lógica de reencantamento, capaz de contrariar o que Michaël Huberman (2000) identificou como fase de desinvestimento, que hoje s​e afirma de forma mais precoce, exponenciada pelo agravamento das condições de trabalho e pela falta do reconhecimento que os professores merecem.

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​Enquanto professor e investigador​, que ideias poderias partilhar com sujeitos em formação, ideias que, no teu entender, são pertinentes para o futuro desses sujeitos?​
​Desde logo, na esteira de Yuval Harari (2018), a ideia de que a maior certeza dos tempos futuros é a incerteza. Daí a importância da educação, da formação e da investigação, nutrientes essenciais do enriquecimento cognitivo, mas também do fortalecimento das competências socio-emocionais que hoje se configuram tão importantes na relação com os outros. Importa lembrar que entrámos numa era que nos compele a uma constante atualização cultural, a desenvolver o nosso pensamento crítico, a aperfeiçoar as nossas competências linguísticas e comunicativas e a ampliar as nossas destrezas tecnológicas. No fundo, um conjunto de capacidades e competências indispensáveis para nos lançarmos em novas e estimulantes experiências pessoais e profissionais e para construir um futuro mais aprazível para todos.
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​B.D. (Bilhete Digital)​

​Um livroDe pernas para o ar. A escola do mundo às avessas, de Eduardo Galeano (porque nos incita a desobedecer quando recebermos ordens que humilhem a nossa consciência ou violem o nosso sentido comum). 
Um f​ilmeÁfrica Minha… (pelas paisagens deslumbrantes que me permitiram regressar às minhas origens).
Uma figura – ​Nelson Mandela (“A única arma para melhorar o planeta é a Educação com Ética”).
Banda Favorita – ​Rui Veloso (sobretudo no álbum Mingos & Os Samurais).
Passatempo – O convívio com amigos.
Um sítio – ​A Baía Azul em Angola – um sítio inspirador e reconfortante.​
Especialidade CulináriaMarisco e Cozido à Portuguesa. Gosto imenso dos dois…
Um momentoO nascimento dos meus filhos.
Inspiração – O mar… talvez por ter nascido numa ​cidade à beira-mar.

 

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