quarta-feira, 29/10/2025
Instituto de Educação da Universidade do MInho
Realizam-se no dia 29 de outubro de 2025 às 10h00, na sala 0.40 do IE, as provas de
Mestrado em Ciências da Educação, área
de especialização em Tecnologia Educativa, requeridas por Maria Fernanda
Barros Fernandes.
Título “SMARTPHONES E ESCOLA: LIGADOS OU DESLIGADOS?”
Presidente: Doutor António José Meneses Osório –
Professor Associado C/ Agregação do Instituto de Educação da Universidade do
Minho.
Vogais: Doutora Maria João Silva Ferreira
Gomes, Professora Associada do Instituto de Educação da Universidade do Minho;
(orientadora);
Doutor António Luís Valente
de Sousa Teixeira, na qualidade de Investigador Colaborador do CIEd, ao abrigo
do ponto 4 do artigo 185.º do RAUM.
Resumo de
Dissertação de Mestrado:
O uso de smartphones em contexto escolar tem gerado intensos debates
legislativos e pedagógicos. Esta dissertação analisa criticamente o impacto do
uso de smartphones em contexto escolar, com especial enfoque nos dois primeiros
ciclos do ensino básico em Portugal. Recorre-se à metodologia da Revisão
Sistemática da Literatura (RSL), aplicada a estudos publicados entre 2020 e
2025, com o objetivo de verificar se existe evidência científica
suficientemente robusta para sustentar, reformular ou contestar medidas
legislativas que proíbam ou regulam o uso de dispositivos móveis nas escolas. A
amostra final integrou 33 estudos primários, selecionados com base em critérios
de qualidade metodológica, relevância temática e adequação ao contexto
educativo português. A análise temática revelou efeitos significativos sobre o
desempenho académico, o bem-estar físico e mental e as relações sociais dos
alunos. Emergiram conceitos-chave como fragilidade digital e literacia digital
emocional, que expressam vulnerabilidades e competências essenciais para uma
convivência ética e consciente com a tecnologia. Os resultados demonstram que o
impacto dos smartphones não é uniforme, dependendo da intencionalidade
pedagógica, da maturidade dos alunos e da mediação dos adultos. A investigação
aponta para a necessidade de políticas educativas contextualizadas e
participativas, que ultrapassem abordagens dicotómicas (proibição vs. permissão)
e promovam uma cidadania digital crítica. A convergência entre os dados
analisados e o Relatório Preliminar do PLANAPP (2025), que fundamentou a
recente decisão legislativa de proibir o uso de smartphones nos dois primeiros
ciclos do ensino básico, reforça o valor estratégico da investigação como
instrumento de apoio à decisão política. Propõe-se, como contributo original,
um modelo de regulação colaborativa, que envolva toda a comunidade educativa na
definição das normas de uso dos dispositivos móveis em ambiente escolar.
Palavras-chave: smartphone; escola; sala de aula;
recreio; desempenho escolar; bem-estar físico; bem-estar mental; alunos;
professores; pais; regulação; proibiçãosaudáveis
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