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Provas de Doutoramento em Estudos da Criança, especialidade de Educação Física e Saúde Infantil Voltar

quinta-feira, 23/11/2023    Instituto de Educação da Universidade do Minho
Realizam-se no dia 23 de novembro de 2023 (quinta-feira), pelas 14h00, as Provas de Doutoramento em Estudos da Criança, especialidade de Educação Física e Saúde Infantil, requeridas pela Mestre Vânia Maria Beliz Ferreira.
Título da tese: "Educação para a sexualidade em idade pré-escolar: conceções de famílias e de educadoras/es de infância em relação ao desenvolvimento e aprendizagem das crianças”.
URL para assistir às provas por videoconferência (não é permitida a gravação): https://videoconf-colibri.zoom.us/j/92933034972
ID da reunião: 929 3303 4972
Composição do Júri:
Presidente: Doutor Nelson Manuel Viana da Silva Lima, Professor Catedrático do Departamento de Estudos Integrados de Literacia, Didática e Supervisão do Instituto de Educação da Universidade do Minho

Vogais: Doutora Maria da Graça Ferreira Simões de Carvalho, Professora Catedrática do Departamento de Estudos Integrados de Literacia, Didática e Supervisão do Instituto de Educação da Universidade do Minho;

Doutora Maria Cristina Cristo Parente, Professora Auxiliar do Departamento de Estudos Integrados de Literacia, Didática e Supervisão do Instituto de Educação da Universidade do Minho;

Doutora Zélia Ferreira Caçador Anastácio, Professora Auxiliar do Departamento de Estudos Integrados de Literacia, Didática e Supervisão do Instituto de Educação da Universidade do Minho (orientadora);

Doutora Maria Filomena Rodrigues Teixeira, Professora Coordenadora da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Coimbra; Doutor Carlos Manuel Sousa Albuquerque, Professor Coordenador da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu;

Doutora Ana Cláudia Bortolozzi, Professora Associada do Departamento de Psicologia da Faculdade de Ciências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Brasil.

Resumo
As investigações apontam para o desconhecimento das crianças e para as dificuldades de quem as educa como os principais desafios à educação para a sexualidade a partir da idade pré-escolar. As famílias parecem reconhecer a importância da educação para a sexualidade, mas a sua abordagem, com as crianças mais novas, continua a ser difícil. As/os educadoras/es de infância têm uma função importante relativamente à educação sexual, pela afetividade que estabelecem com as crianças, pela sua proximidade no quotidiano e pelo efeito de modelagem comportamental que exercem. Tendo em conta a importância da família e das/os profissionais, tivemos como principal objetivo investigar as conceções de famílias e de educadoras/es de infância em relação à aprendizagem e ao desenvolvimento da sexualidade nas crianças em idade pré-escolar. Para esta investigação utilizámos dois questionários que traduzimos, para as/os educadoras/es utilizou-se o Questionário de Educação Sexual para Educadoras/es de Infância (QESEI), que resultou da tradução do original The Questionnaire on Young Children's Sexual Learning; para as famílias utilizou-se o Questionário de Parentalidade e Sexualidade Infantil (QPSI), que resultou da tradução do original Parenting and Child Sexuality Questionnaire (QPSI). Esta investigação seguiu a metodologia de investigação-ação, respondendo os participantes (414 profissionais de educação pré-escolar; 285 famílias), na fase de diagnóstico, aos questionários. Após a análise dos dados e obtidos os resultados desta fase, passou-se ao planeamento e foram criadas e divulgadas duas oficinas de formação em que participaram 59 mães e pais e 92 educadoras de infância. As oficinas foram precedidas do preenchimento dos questionários repetindo-se a aplicação após o seu término. Os dados foram analisados através do programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS, versão 27.0). Na fase de diagnóstico, os resultados relativos a atitudes, conceções e conforto das/dos educadoras/es de infância relacionados com a educação para a sexualidade, das crianças, revelaram-se positivos, com estas variáveis a apresentarem valores médios nas respetivas escalas de avaliação. A maior diferença em relação à escala original observou-se nas atitudes e crenças, cujos valores atuais foram mais positivos. Todavia, os resultados apontam para a necessidade de formação para melhorar o conhecimento destas/es profissionais, uma vez que apenas 29% referiu ter participado em ações de curta duração, e apenas 6% referiu ter realizado ações com duração de 25 horas. Em relação às famílias, a perceção do conhecimento é positiva com a maior parte da amostra a responder ter conhecimento adequado e saber o que as crianças precisam saber sobre sexualidade (54% e 51.6% respetivamente). A principal fonte de conhecimento das famílias sobre sexualidade foi a Internet, pelo que esta poderá ser uma mais-valia na informação a disponibilizar a este grupo. Verificou-se, ainda, que o conhecimento influencia positivamente a confiança das famílias na comunicação com as suas crianças sobre a sexualidade. No momento de avaliação, os resultados sobre as conceções dos profissionais e das famílias após a participação na oficina de formação melhoraram significativamente, o que comprova a importância da formação e como esta pode ser uma ferramenta importante para a abordagem das temáticas da sexualidade com as crianças a partir da idade pré-escolar.

Palavras-chave:
educação sexual; educação pré-escolar; crianças; educadoras/es de infância; famílias; formação.
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