quinta-feira, 21/12/2023
Instituto de Educação da Universidade do Minho
Realizam-se no dia 21 de dezembro de 2023 (quinta-feira), pelas 15h00, as Provas de Mestrado em Estudos da Criança, área de Especialização em Intervenção Psicossocial com Crianças e Familias, requeridas pela Licenciada Helena Catarina Pacheco Leal.Título da dissertação de mestrado: "Criatividade e
Resiliência em Crianças lnstitucionalizadas: Um Estudo Exploratório”.
Composição do Júri:
Presidente: Doutora Natália
Fernandes, Professora Associada com Agregação do Instituto de Educação da
Universidade do Minho
Vogais: Doutora Maria Fátima Morais Silva – Professora
Auxiliar do Departamento de Ciências Sociais da Educação, Instituto de
Educação, Universidade do Minho
Doutora Lúcia C. Miranda - Investigadora
do Centro de investigación en Psicopedagogi Y Investigaciones Pedagogicas
(CIPsp).
Resumo:
A atualidade é pautada pela incerteza e por desafios impostos pelo
avanço tecnológico, por problemas socio económicos, ambientais, entre outros.
Neste contexto de imprevisibilidade, são necessários cidadãos criativos,
capazes de resolverem tais desafios de modo inovador. Também são necessários
cidadãos resilientes, capazes de superar de modo positivo os
desafios/obstáculos do mundo atual. A promoção destas competências deve ter
espaço nos vários ambientes inerentes ao indivíduo, nomeadamente na família e
na escola. Todavia, alguns adolescentes são privados do ambiente familiar por
situações de vulnerabilidade, não existindo respostas adequadas por parte da família
às suas necessidades e interesses. A institucionalização em casas de
acolhimento residencial é uma das respostas para tais situações. Neste sentido,
esta investigação tem como objetivo caracterizar adolescentes
institucionalizados face a criatividade, resiliência e perceções de clima
criativo em sala de aula, tendo em conta o género e a escolaridade. Também os
monitores dos participantes assinalaram eventos estressores por estes
vivenciados. Participaram 35 adolescentes institucionalizados em quatro casas
de acolhimento residencial no norte do país, de ambos os géneros, com idades
compreendidas entre 13 e 16 anos e frequentando os três ciclos do Ensino
Básico. As competências criativas foram avaliadas através da análise, por
peritos, de um desenho, e pela listagem de hipóteses de resolução de problemas
face a duas fábulas. Foi ainda aplicada a Escala sobre o Clima para a
Criatividade em Sala de Aula (Morais et al., 2019). Face à resiliência, foi
aplicada a Escala de Avaliação da Resiliência em Crianças e Adolescentes,
adaptada por Ferreira (2014). Aos monitores aplicou-se o Inventário de Eventos
Estressores na Infância e Adolescência (Paletto, 2007). Foram obtidos baixos
níveis de criatividade, assim como elevadas perceções de clima criativo em sala
de aula e pontuações em resiliência, surgindo estes últimos dados como
discutíveis dada a literatura e a conjugação de todos os resultados. Os
participantes apresentaram vivência de estressores potencialmente prejudiciais
a um desenvolvimento psicológico e social saudáveis.
Palavra-chave: adolescentes; criatividade; institucionalização;
resiliência.
Mestrado em Estudos da Criança
Instituto de Educação
Universidade do Minho
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