Ignorar Comandos do Friso
Saltar para o conteúdo principal

Editorial

​​​​​​​​​​​​​
Editorial_Prof_Leandro_abril2020_5.jpg
 ​​
EditorialProfLeandro.jpg Leandro S. Almeida
Presidente do Instituto de Educação da Universidade do Minho

No nosso quotidiano, desenvolvemos as nossas competências, criamos as nossas rotinas e hábitos, vamos superando as dificuldades recorrendo às respostas que sabemos funcionarem para os problemas conhecidos Em linha com a frase de Charles Dickens "o homem é um animal de hábitos", fazemos pouco investimento nos problemas e transições potenciais, confabulando-os mais na base do medo do que antecipando-os e perspetivando-os com base num pensamento criativo e crítico.

A situação de pandemia provocada pelo covid-19, assim, desorganizou-nos individual e coletivamente, trouxe-nos muitas incertezas, tirou-nos da zona de conforto e homeostasia em que nos fomos instalando. Pouco habituados a delimitar o que nos espera e por onde temos que ir, ficamos mais confinados ao presente, investindo mais na subsistência do que na nossa projeção no tempo e lugar. Na linha dos psicólogos humanistas, essas são já necessidades humanas de um patamar superior onde apenas com bastante investimento e persistência.

Foram e estão a ser tempos difíceis. Os problemas são complexos e o conhecimento científico disponível não os explica. Um olhar coletivo e multidisciplinar é necessário para se atingir algum patamar de entendimento da realidade e planificar as respostas. Foi assim praticamente o segundo semestre do ano letivo que agora termina. Toda a Academia foi mobilizada, e desde logo professores e estudantes, para práticas de ensino, aprendizagem e avaliação que, assegurando os objetivos e a qualidade de resultados formativos, atendessem à situação pandémica com a segurança sanitária exigida. Foram exigidos níveis elevados de disponibilidade, resiliência e capacitação pedagógica aos professores, foram instaladas práticas laborais por teletrabalho dos funcionários, foram disponibilizados equipamentos e software aos estudantes (…) entre outras medidas para se lidar com a gravidade e o inesperado da situação.

Em atenção às dificuldades e necessidades da comunidade, o Instituto de Educação mobilizou-se para três intervenções, em particular. Uma primeira, instituiu-se como apoio às "crianças trancadas" em casa pois nem sempre, nestas situações de "insegurança" dos adultos, os seus direitos são respeitados. Uma segunda, organizou-se como suporte educativo aos lares e seus idosos, particularmente afetados por esta crise pandémica. Uma terceira, passou pelo reforço da assessoria aos professores e escolas dos ensinos básico e secundário na utilização das ferramentas informáticas nas atividades de ensino.

Por tudo isto sabe bem virar a página, desconfinar, entrar de férias, para estarmos em condições de regressar com mais vigor e enfrentar os novos desafios que se avizinham. Antecipamos que as incertezas ainda estarão por cá em setembro, mas para já não as deixemos bloquear-nos!

Votos de um mês de agosto sem sobressaltos e com oportunidades várias de bonança, à medida das possibilidades e necessidades de cada um(a). Boas férias!


​Editorial
julho de 2020





​​​​​​​​​
​​