Atualmente as suas funções e responsabilidades estão centradas na receção do nosso Instituto. A D. Rosa ou a nossa "Rosinha", conversa com os estudantes, professores, colegas de trabalho, atende o telefone, distribui a correspondência e ainda vai a correr ajudar a preparar salas para as reuniões e defesas de mestrado e doutoramento.
Foto: Nuno Gonçalves ©
Ainda se lembra dos primeiros dias quando inicou funções na Universidade do Minho?
Sim claro que me lembro... comecei a trabalhar no Complexo Pedagógico I, na organização das salas, auditórios, manutenção e apoio à gestão do complexo. Naquela época o único espaço no Campus de Gualtar no qual decorriam as aulas. Mobilizávamos retroprojetores de acetatos, projetores de slides, limpávamos os quadros e repunhamos os blocos de giz. Era um pouco diferente do ambiente e da forma como decorrem as aulas atualmente. Trabalhei lá 9 anos. O responsável pela gestão era o Sr. Mota, um homem dinâmico, afável e extrovertido que mantinha uma relação cordial com estudantes, professores e colegas. Talvez a tarefa do Sr. Mota mais importante fosse a de organizar os horários das aulas e pôr tudo a funcionar à hora, no sítio certo, ou seja, no espaço certo. Recordo-me também de alguns colegas que ainda hoje trabalham na Universidade, o Sr. Adalberto, o Sr. Júlio entre outros...
Como observa as mudanças que ocorreram na Universidade ao longo destes 30 anos?
Tenho a sensação que hoje em dia corremos mais de um lado para o outro. Existem muitas coisas para fazer e ao mesmo tempo. Ai o tempo.. esse tempo... ou naquele tempo em que comecei a ser Mãe, dona de casa e funcionária da Universidade. As mudanças da Universidade acompanharam a minha vida e provocaram alterações nos nossos hábitos. Os filhos que entretanto nasceram, cresceram e se fizeram homens e mulheres. A nossa universidade também, já é adulta, e quase a chegar aos 50 anos de existência. Tive que adaptar-me aos computadores. Aprender a usar o telefone. Até fui fazer um curso a Lisboa sobre atendimento ao telefone... numa época em que não existiam telemóveis.
Efetivamente no início era o envio de faxes em papel, envio de cartas e ofícios em papel, papel e mais papel. Nao havia "email" ou correio eletrónico, havia correio manual e contacto pessoal. Gosto muito de trabalhar com pessoas.
Entretanto no final da década de noventa tenho uma passagem curta pelo edifício da Abade da Loureira, junto à praça do mercado na cidade, no qual funcionava o Instituto de Educação e Psicologia (ex. IEP) e mais tarde com a deslocação para as novas instalações em Gualtar, fico com as tarefas que praticamente desempenho até hoje. Os finais da década de noventa e inicio deste século, é um período de grande aceleração tecnológica. Na minha opinião, algumas tarefas foram facilitadas e tornaram-se mais fáceis de organizar e resolver .

O que a fascina nas funções do trabalho hoje?
Gosto muito do meu trabalho, do contacto com colegas e do ambiente que envolve o Instituto de Educação.
Agradeço aos colegas e professores que me ajudaram e que foram marcantes durante estes 30 anos na Universidade.