Inês Fernandes ©
Enquanto professora e investigadora, que ideias poderias partilhar com sujeitos em formação, ideias que, no teu entender, são pertinentes para o futuro desses sujeitos?
Neste percurso académico que vamos todos e sempre construindo parece-me, hoje, particularmente pertinente mobilizarmos e investirmos no pensamento crítico, na articulação e no diálogo de saberes, na estimulação da capacidade criativa, no resgate de valores fundamentais, na recuperação dos laços de solidariedade que se esvaíram perante a híper-responsabilização do indivíduo e a desresponsabilização da sociedade, na fomentação de uma cidadania ativa e em cuidar de intervenções não apenas no domínio estrutural, mas também no simbólico. A partir dos contributos dos estudos da criança, superar o adultismo, resignificar o modo como pensamos as crianças e assumir definitivamente uma dimensão ética na relação que com elas estabelecemos, a qual está para além do desempenho de um qualquer papel institucional ou de formalidades legais a cumprir. Por fim, e uma vez inseridos no IE, não perder o enfoque numa educação orientada para a emancipação e para a cidadania.