quarta-feira, 26/06/2024
Instituto de Educação, Universidade do Minho
Realizam-se
no dia 26 de junho de 2024 (quarta-feira), na Sala de Atos do IE, pelas 14:30h,
as Provas de Doutoramento em Ciências da Educação, especialidade de Literacias e Ensino do Português, requeridas pelo Mestre Xavier
Jorge Mafuassa.
Título da tese: "O Ensino do Português Língua Não
Materna em Angola e a Influência de Línguas Autóctones: o Caso do Kikongo no
Uíge".
Composição do júri:
Presidente:
Doutora Isabel Flávia Gonçalves Fernandes Ferreira Vieira, Professora
Catedrática do Departamento de Estudos Integrados de Literacia, Didática e Supervisão
do Instituto de Educação da Universidade do Minho
Vogais:
Doutor Rui Manuel do Nascimento Lima Ramos, Professor Associado do
Departamento de Estudos Integrados de Literacia, Didática e Supervisão do
Instituto de Educação da Universidade do Minho;
Doutora Sónia Maria Cordeiro Valente Rodrigues, Professora Auxiliar do
Departamento de Estudos Portugueses e Estudos Românicos da Faculdade de Letras
da Universidade do Porto;
Doutor António Carvalho Silva, Professor Auxiliar do Departamento de
Estudos Integrados de Literacia, Didática e Supervisão do Instituto de Educação
da Universidade do Minho (orientador);
Doutora Maria Micaela Dias Pereira Ramon Moreira, Professora Auxiliar do
Departamento de Estudos Portugueses e Lusófonos da Escola de Letras, Artes e
Ciências Humanas da Universidade do Minho;
Doutora Maria Elisa da Silva Sousa, Professora Adjunta da Escola Superior
de Educação do Instituto Politécnico do Porto.
Resumo:
Este estudo tem as aprendizagens dos alunos de Português língua materna e
de Português língua não materna (sobretudo os de Kikongo língua materna) como
sua temática central, pois são estes dois grupos de alunos que buscam as
aprendizagens no espaço escolar onde decorreu a presente investigação. Em
Angola, o sistema linguístico usado para a escolarização é o Português. Porém,
este meio de comunicação não é dominado por todos os alunos, principalmente por
aqueles que o têm como língua não materna (os alunos que possuem o Kikongo como
primeira língua), chegando, até, a apresentar dificuldade profundas no uso e na
compreensão da língua portuguesa. Neste caso, é inegável a existência de
aprendentes com caraterísticas linguísticas que se distinguem, o que pressupõe
a ocorrência de necessidades educativas também distintas. Apesar disso, a
escolarização, em todo o país, sucede através da mesma política de ensino.
Sabe-se que, no que concerne à comunicação interpessoal, o meio por excelência
de ensino e aprendizagem é a língua materna e, por isso, a sua compreensão
pelos intervenientes no ensino e na aprendizagem é indispensável. É, portanto,
neste contexto dicotómico de alunos que reside a importância deste estudo, já
que traz discussões assentes nas aprendizagens dos indivíduos pertencentes a
diferentes grupos linguísticos, para ver se as políticas educativas beneficiam
o todo dos aprendentes, ou se há um grupo que mais beneficia dela, em relação
ao outro. No fundo, esta investigação visa fomentar reflexões que possam
contribuir para a realização de um processo de ensino e aprendizagem isento de
marginalizações, mas sim que observe o princípio de inclusão no ensino., pois,
afinal, todos os alunos têm os mesmos direitos no meio escolar, assim como
possuem a liberdade de usar as línguas postas ao seu dispor. Tendo em conta que
os alunos estão distribuídos em diversas províncias, o espaço delimitado para a
realização desta investigação foi a província do Uíge, uma das províncias onde
o Português coabita com outras línguas, das quais o Kikongo é a mais
representativa.
Palavras-chave: ensino de línguas;
ensino-aprendizagem; Kikongo; língua materna, língua não materna; Português.
Contactos:
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